Tudo aconteceu tão
rápido que não me atrevo a tentar dizer ou entender o que aconteceu e
sinceramente não sei se algum presente seria capaz. Tudo que consegui
identificar a minha volta foram vidros, galhos e folhas estava frio isso eu
podia sentir ao longe bem no fundo o que parecia ser gritos estava tomando
formas, a primeiro momento não pude identificar se tudo aquilo a minha volta
era real ou se não passava de um sonho, falando em sonho uma pesada escuridão
foi tomando conta de mim era como se eu estivesse entrando em um sono profundo
a ultima sensação que tive é de estar sendo tomada nos braços por alguém, quem
era? Eu não pude saber.
Eu estava sentada n
meu lugar de sempre no velho café do Billy observava as chuva lá fora enquanto
apreciava meu rotineiro café com menta quando de repente uma forte dor tomou
conta de mim fazendo com que eu me visse sentada em uma cama de hospital, eu estivera
sonhando. Tudo estava um tanto confuso mas pelas olheiras de cansaço de minha
mãe eu estivera por ali fazia alguns dias havia varias flores, cartões e ate
mesmo balões pelo lugar uma moça magra e loira adentrou ao quarto com um enorme
sorriso em seu rosto “ela acordou finalmente” foi o que disse ao me ver, mexeu
em alguns equipamentos a minha volta e injetou o que parecia ser medicamento no
meu soro não demorou muito para que aquela forte dor que parecia vir da minha
perna sumisse e um sono profundo tomasse conta de mim.
Vários dias se
passaram enquanto estive no hospital o que descobri nesse meio tempo é que
estava no café do Billy durante uma tempestade quando uma arvore entrou pela
vidraça bem em cima de mim, segundo minha mãe se não fosse por um estranho que
se colocou por cima de mim provavelmente eu estaria morta, estranho esse que me
levou ao hospital minha mente ainda estava confusa e minhas lembranças não eram
precisas e como era de se esperar eu não fazia a menor ideia de quem era ele.
Finalmente após quinze dias naquele confinamento recebi alta e pude ir para
casa sobre enormes alertas de repouso e acompanhada de muletas mas para ser bem
sincera a única coisa que queria era descobrir quem foi meu salvador. Passei
uma semana em casa após conseguir convencer minha mãe de que ela poderia
tranquilamente voltar para sua casa, prometi que não sairia e ficaria de
repouso mas já aguentava mais olhar para aquela parede amarelada do tempo,
levantei me arrumei e segui rumo ao velho café do Billy.
De velho ali não
tinha nada se quer saber o que encontrei no fim da rua foi um novo, reformado e
bem estiloso café do Billy, “será que eu havia parado no tempo?” pensei, ao
adentrar no local vi que as velhas mesas descascadas e amareladas tinha dado
lugar as mesas de mármores com direito a cadeiras estofadas e sofás no balcão também
feito do mesmo mármore das mesas visualizei algo para me confortar o velho
radio do Billy tocando as mesmas musicas, me aproximei do balcão e deixei que
aquele cheiro tão familiar de café e menta juntamente com a musica velha e
conhecida me invadisse era como se estivesse em um lugar novo que me lembrasse
um passado não muito distante acabei por fechar os olhos e me deixar levar pelo
momento quando os abri novamente havia um moço parado a minha frente, ele era
alto, branco e de uns olhos azuis profundos era bem capaz de eu me perder neles
se me demorasse muito ali, seus cabelos eram tão escuros quanto uma noite sem
estrelas mas o sorriso esse eu conseguiria reconhecer em qualquer lugar “foi
quase difícil reconhecê-lo seco” que comentário maldoso pensei mas agora já havia
dito, ele apenas sorriu e me observou “como você está afinal?” quis saber mas
antes que eu pudesse pensar em responder Billy apareceu “ah quem é vivo sempre
aparece” me disse ele com seu melhor sorriso apenas assenti “já vi que já
conheceu meu filho Vincent” olhei diretamente para ele e assenti novamente,
estava explicado o que ele fazia ali Billy então continuou “ele morava em
Londres, mas decidiu voltar para o Brooklin para ajudar seu velho pai, já
começou bem dando um novo ar ao lugar não que eu quisesse mas depois que aquela
arvore entrou aqui...” Billy continuou a falar isso eu sabia mas o que ele
estava dizendo eu já não sei ficamos apenas ali eu e Vincent nos olhando e sorrindo,
era impossível não se perder naquele imensidão azul mas para ser bem sincera a
sensação era boa, aconchegante o fim o novo se tornou conhecido e inesperado e
lá no fundo eu sabia que muita coisa ainda iria acontecer.
Fim.
Fiquei tão emocionada lendo.. Sério! Que texto absurdamente incrível!
ResponderExcluirEstou seguindo seu blog!! Te convido pra conhecer o meu:
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Ficop feliz moça que tenha se sentido assim e muito bom saber que meus textinhos provocam boas sensações, beijos!
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