Ele soprou. Uma mescla de café com bala de menta passou por mim como uma longa brisa que segue sem rumo por ai até se esvair, fiquei pensando quem mais sentiria aquele aroma e o quão longe ela poderia chegar. Será que alcançaria quilômetros como os campos de lavanda de Amsterdã que cobre as mais altas montanhas com seu melhor perfume.
Um estalo. Ele está a minha frente me observando com sua imensidão azul, tão pura quanto aquele sorriso que me deixa sem ar todas as manhãs, eu me distraio tão facilmente, ele então sorri e as nuvens da minha mente se esvaiam como poeira ao vento, tudo se vai com a brisa de café. Não sei como fazemos isso ficamos apenas parados nos olhando como se o silêncio fosse o suficiente, não precisamos de palavras, nossos sorrisos guardam nossos mais profundos segredos, as vezes tenho a sensação de que seus olhos podem ler minha alma e pode ser que leiam mesmo se querem saber.
Um som. O despertador toca mais uma vez em cima do velho criado mudo do quarto no andar de cima, a se ele soubesse já estamos acordados a algum tempo, sentados no velho balanço da varanda em meio a cobertores e xícaras de café, apenas observando o balé das árvores que mostram seu melhor espetáculo ao embalo da brisa da manhã.
Velho. Tudo por aqui é antigo, os móveis são antigos, a casa é antiga, eu sou antiga, ele é antigo, menos o nosso amor, esse se renova a casa dia, as diversas folhas dispersas em cima da escrivaninha não me deixa negar, palavras puras, doces, de amor, nossos devaneios, pois escrever é o que nos mantém unidos, em meio a risadas escrevemos nossa história, nosso romance, repleto de amor e café, mais um dia se começa e hora de levantar e escrever uma nova página.
Ahhh que texto mais gostoso!
ResponderExcluirAmei demais ♥
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Obrigada moça, que bom que gostou, um beijo!
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