Parei no tempo e nem ao menos sei o porque, ao me olhar no espelho naquela fria manhã de sábado não imaginei que meu dia pudesse ser tão movimentado como prometera ser. O Brooklyn estava como de costume, turbulento e frio o velho café do Billy que ficava no fim da rua estava mais lotado do que nunca estivera eu teria de esperar um pouco mais por aquele maravilhoso café com menta que só o Billy podia me proporcionar. Como a fila estava muito grande tomei meu lugar favorito, uma velha mesa de duas cadeiras no fim do grande salão, sentei-me e lá fiquei a observar todos que ali estavam os primeiros indícios de uma densa chuva começaram a surgir fazendo com que todos que estavam nas ruas e calçadas procurassem um lugar para se abrigar, logo o café se tornou ainda mais lotado, e o céu então desabou.
Longos minutos haviam se passado, crianças corriam de um lado ao outro, pessoas questionavam a demora de seus pedidos e Billy parecia estar ficando cada vez mais irritado quanto a mim? Bem já estava perdendo a esperança de conseguir um simples expresso quando mais uma vez a porta de entrada se abriu fazendo com que todos olhassem para o novo visitante um rapaz alto de cabelos negros e encharcados pela chuva caminhou por entre as mesas como quem busca um lugar vazio para ficar, olhei para cadeira a minha frente e ela permanecia vazia antes mesmo que eu pudesse pensar em ocupá-la ele parou a minha frente com suas mãos apoiadas no encosto “posso me sentar?” perguntou, apenas fiz que sim com a cabeça e ele se sentou, mais que rapidamente busquei em minha bolsa algo para que pudesse mexer encontrei meu velho exemplar dos Contos de Beddle o Bardo no fundo da bolsa “aqui está você” pensei comigo o procurei por tanto tempo sem sucesso que apenas me conformei que o havia perdido mas aqui estava ele pronto para me salvar.
A chuva ficara mais forte, no velho radio que ficava em cima do balcão o radialista dizia algo referente ao tempo enormes e logos ‘shius’ se seguiram ate um completo e denso silencio tomar conta do local na expectativa do que o homem dizia no radio “parece que Nova York entrou na lista das cidades atingidas por tempestades no ultimo mês, ao que parece uma enorme arvore caiu na entrada do velho Brooklyn bloqueando quem entra e quem sai os ventos estão chegando a cerca de 100km/h segundo a equipe de metrologia que esta no local eles pedem para que os moradores evitem sair de casa e que se mantenham afastados de locais com muitas arvores, logo voltamos com mais noticias” o silencio do local deu lugar a um denso clima de preocupação e pânico todos se olhavam entre si na esperança de que alguém tivesse uma resposta do que fazer a seguir foi só passado alguns segundos que uma voz grossa e cansada ecoou pelo local “não se preocupem o velho café do Billy é bem seguro” disse Billy e longas e forçadas risadas tomaram conta do local.
Estava tão absorta observando tudo a minha volta que demorei para perceber que o rapaz a minha frente me observava olhei diretamente para ele e meus olhos acabaram por se perder na imensidão azul dos seus “você está com medo?” quis saber ele com aquele olhar de quem tenta ler a mente das pessoas me assustou o fato de pensar que talvez ele estivesse tentando me ler “a-acho que não” gaguejei ele estreitou seus olhos para mim e apenas sorriu os dentes tão brancos quanto sua pele uma gota d’água escorria por seu pescoço vindo do cabelo ainda molhado ele não aparentava ter mais do que vinte e cinco agora sem aquele sobretudo ele se mostrava um homem fino e estava claro que não pertencia aquele lugar, o que me deixou a pensar sobre o que o trazia aqui “o que um homem como você faz na parte mais pobre da cidade?” perguntei sem pensar uma onda de arrependimento me invadiu eu estava sendo indiscreta mas a sorte já fora lançada, ele se alinhou cruzou os braços em cima da mesa me olhou profundamente e abriu um sorriso, antes que pudesse responder um estalo seguido de gritos me arrancou do meu estado de torpor uma arvore entrara pela janela bem em cima de nós a ultima coisa que vi foi seus braços em cima de mim enquanto íamos ao chão juntamente com a arvore.
Continua...
Acompanhado, parabéns você escreve muito bem, fiquei hipnotizada com a leitura rs
ResponderExcluirhttp://souadultaagora.blogspot.com.br/
Obrigada moça fico feliz que tenha gostado e que tenha ficando presa a história, logo postarei a continuação, beijos!!
ExcluirSensacional lindo texto como sempre
ResponderExcluirOlha só obrigada moço <3
ExcluirGente do Céu! O que é esse header? Tá maravilhoso <3 <3 A ilustração tá linda demais! Eu gosto muito das suas mudanças de layout e estou curtindo pra caramba suas aventuras de lettering no insta <3 Muito talento envolvido viu! Sobre o texto... ha, está aí outra coisa que eu gosto no seu blog (e no da Kelly também <3). Gosto bastante do seu estilo de escrita, de como constrói os contos, coloca os sentimentos no papel! E o fato de ter uma continuação só aguça ainda mais a curiosidade do leitor <3 Amei! Um beijo : *
ResponderExcluirwww.fleurdelune.com.br
Mas gente que amor você Lê <3 fico feliz que esteja gostando dos letterings que estão rolando lá no ista e logo vai ter mais viu e quanto ao layout fico feliz que tenha gostado e claro o texto bem amo escrever e se eu não colocar sentimento nele parece que não esta completo, logo sai a continuação para satisfazer a curiosidade de vocês. Beijos moça!!
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