Querida Julieta,
Não lhe escrevo esta carta no intuito de lhe pedir um grande conselho sobre o verdadeiro amor ou sobre o que fazer para não perde-lo, escrevo-te esta pequena carta para lhe contar uma história de uma jovem que aprendeu que o amor é algo inexplicável e acima de tudo maravilhoso, ela aprendeu que de "porquês" em "porquês" todos construímos nossa história nas grandes paginas do verdadeiro amor.
Desde que era menina leio e ouço sobre as mais belas e até mesmo trágicas histórias de amor, dessas que só lemos nos romances de Julia e que nos fazem chorar nas telas do cinema, coisas que para nós são IMPOSSÍVEIS, como se o fato de seu melhor amigo ser seu amor verdadeiro ou as chances de você conhecê-lo num pub qualquer nas ruas de Nova York esteja muito acima de nosso alcance, quase como loucura mas não me deixo de perguntar por que nos deixamos viver tal amor entre filmes e livros mas não nos disponibilizamos a vivê-lo na realidade? A resposta é mesmo inevitável, por medo, medo de saber que os problemas nunca se resolvem como nos livros ou como nos filmes, por sabermos que as coisas são bem mais complicadas e que esperar anos entre encontros e desencontros acaba por nos desanimar e no fim desistimos dele, desistimos do amor e aceitamos aquilo que temos.
Li em um livro certa vez - que tenho certeza que adoraria se pudesse lê-lo - que "cada um tem o amor que acha que merece" e fico me perguntando qual o amor do medroso, do covarde, daquele que não sai de casa por vergonha ou por não saber como agir entre os outros, qual o amor para quem não ama a si mesmo Julieta? Essa é uma pergunta sem resposta eu sei, posso ate sentir sua expressão ao ler isso, mas releve por favor é apenas uma história não se esqueça.
Simplesmente acontece é o que dizem por ai, que o que tiver de ser será e todas essas frases clichês que usamos a fim de tentar alegrar quem está se afundando, mas me diga Julieta o que fazer com aqueles que perdem a fé, que se deixam cegar pelo medo e pela magoa e acabam por perder todas as oportunidades que o amor lhe dá? Me diga, diga que pode me ajudar a ajudá-los pois não sei mais como. Não que eu queira mudar o mundo - não sozinha pelo menos - mas gostaria de fazer algo pelo mundo, algo pelos amados e pelos perdidos, algo por essas almas que vagam em busca de algo que mal sabem onde possa estar.
Quanto a mim? Bem descobri que o amor está nas pequenas coisas, nos pequenos gestos e que ele não precisa vir propriamente do outro, afinal precisamos nos amor primeiro antes de oferecer amor a alguém e venho trabalhando nisso se quer mesmo saber, enquanto espero o dia do encontro com meu amor verdadeiro seja ele em pub qualquer na grande Nova York ou alguém que esteve ao meu lado a vida inteira, afinal sabe como é Julieta tudo simplesmente acontece.
Com amor,
Luciana.
"Afinal precisamos nos amar primeiro antes de oferecer amor a alguém" Aah que maravilha, é bem isso e confesso to tentando trabalhar isso constantemente. Adorei o texto Lu, beijão!
ResponderExcluirBem essa é a lei fundamental do amor que 90% das pessoas não segue incluindo, eu e você haha, mas fico feliz que tenha gostado do texto Thato um super beijo.
ExcluirO amor é o sentimento mais sublime mesmo. Ah o amor... O que seria de nós sem ele? Eu sou bem teu último parágrafo, vejo o amor em pequenos gestos, vejo o amor onde muitos não conseguem ver também.
ResponderExcluirCreio que amar a si próprio é sempre o primeiro passo antes de amar o outro, quem tem dificuldade disso não consegue oferecer ao outro o que é o melhor de ti. Lindo texto! bjs
www.pilateandosonhos.com
Essa é uma verdade mas confesso que só aprendemos a nos amar quando sofremos uma decepção e precisamos nos reerguer o que é uma pena se quer mesmo saber, mas a vida é assim, tudo a seu tempo inclusive o aprendizado, beijos!
ExcluirQue lindo *-* Uma vez escrevi uma carta para Julieta mas nunca tive coragem de publicar.
ResponderExcluirA sua carta é maravilhosa e muito sentimental *-* isso me encanta.
Ah que isso moça tenha coragem para publicar tenho certeza de que deve ter ficado divino, fico muito feliz que tenha gostado um mega beijo!!
ExcluirOie Xará! Amo cartas, é o meio de comunicação interpessoal mais antigo que conheço, fora o cara a cara. Sobre o amor? Concordo que não nos arriscamos sempre, algumas vezes nos contentamos apenas. Concordo que é preciso estar completo para depois poder transbordar para o outro. E o final foi minha parte preferida, "tudo simplesmente acontece". Ótimo! Excelente!!!!
ResponderExcluirAchei as Palavras
Olha fico muito feliz que tenha gostado e que tenha se encontrado por aqui, um beijo!
ExcluirAfinal, o que é o amor verdadeiro senão o amor próprio?
ResponderExcluirDeixa eu falar de mim que passei por praticamente tudo o que escreveu nessa carta... Sim descobri meu amor próprio depois de levar um baita solavanco da vida!
E quando eu menos esperei, aconteceu! Eu nem queria e um novo amor brotou de onde eu menos esperava (até porque eu nem esperava!)... Se é verdadeiro? O meu sentimento é. Se vai dar certo? Está dando. Se vai durar??? Aí são outros quinhentos! Aprendi a viver meus amores de acordo como se apresentam. Se me faz bem é isso o que conta!
Amei tua carta! Deu vontade de escrever uma também.
Um beijo.
É sempre assim aprendemos da pior maneira possível as vezes descobrimos que o que importa é seguir e viver, aproveitando cada oportunidade que a vida coloca em nossa porta, fico feliz que tenha gostado, beijos!!
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